segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

As Minhas Armas (Santa Teresinha do Menino Jesus)



As minhas armas

Do Todo-Poderoso recebi as armas
 A sua mão Divina se dignou a me armar
 Nada me pode ferir ou causar alarme
 Do seu amor quem poderá me separar?
 A seu lado me lanço na arena
 Não temerei nem o ferro nem o fogo
 Os meus inimigos saberão que sou rainha
 Que eu sou a esposa de um Deus.
 Oh meu Jesus, guardarei a armadura
 Que vesti perante os teus olhos adorados
 Até ao ocaso da vida, a mais bela vestimenta
 Serão os meus votos sagrados.
 Oh Pobreza, meu primeiro sacrifício
 Até à morte me seguirás por toda a parte
 Pois sei que para correr na pista
 O Atleta deve se desfazer de tudo
 Gostos mundanos, os remorsos e a pena
 Esses frutos amargos de vossa vaidade.
 Alegremente, eu colho na arena
 As palmas da Pobreza.
 Jesus disse: É pela violência Que se alcança o Reino dos Céus”.
 E Bem! A Pobreza me servirá de lança De elmo glorioso.
 A castidade me faz irmã dos anjos
 Desses Espiritos puros e vitoriosos.
 Espero um dia voar nas suas falanges
 Mas no exílio devo lutar como eles.
 Devo lutar sem repouso e sem receio
 Para meu esposo o Senhor dos senhores
 A castidade é a celeste espada
 Que lhe pode conquistar os corações
 A castidade é minha arma invencível
 Por ela meus inimigos são vencidos
 Por ela eu me torno, oh felicidade indizível!
 A Esposa de Jesus.
 O anjo orgulhoso no meio da Luz gritou: Não vou obedecer!
Eu me choro na noite da Terra: Quero sempre obedecer aqui em baixo.
 Sinto nascer em mim uma santa audácia
 De todo o Inferno desafio o furor
 A obediência é minha forte couraça
 E o escudo do meu coração.
 Deus das Eras, não desejo outras glórias
 Que submeter em tudo a minha vontade
 Pois que a obediência renderá suas vitórias
por toda a Eternidade.
 Se do Guerreiro tenho as armas poderosas
 Se o imito e luto valentemente
 Como a Virgem das Graças Maravilhosas
 Eu quero também cantar a combater
 Tu fazes vibrar da tua lira as cordas
 E essa lira, oh Jesus, é o meu coração
 Então posso da tua Misericórdia Cantar a força e doçura
 A sorrir desafio a metralhadora
 E nos teus braços, oh meu Esposo Divino
 A cantar morrerei no campo de batalha Com as armas à mão!


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